A ministra da Cultura, Marta Suplicy, homologou o tombamento da Casa de Oxumaré- Ilê Oxumaré Araká Ogodô, em Salvador. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de 9 de julho de 2014. A ministra aceitou a decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tombou a edificação como patrimônio histórico e cultural do Brasil em novembro do ano passado.
A diretora cultural do IAB, Cêça Guimaraens, participou da reunião que tombou o tradicional terreiro. A arquiteta, que é uma das representantes do IAB no Conselho do Iphan, destacou a importância do registro desse patrimônio: “A Casa Oxumaré é importante para a ambiência física e ambiental da região onde se encontra.”
O Terreiro de Oxumaré é reconhecido pela Fundação Cultural Palmares como território cultural afro-brasileiro desde 2002. Com esse título, o terreiro atesta a contribuição do local para a preservação da história dos povos africanos no Brasil. Em 15 de dezembro de 2004, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) tombou a casa como patrimônio material e imaterial do Estado.
Com mais de 200 anos de história, a casa já mudou de localização diversas vezes para evitar a perseguição religiosa e hoje é reconhecida como um dos principais terreiros de Candomblé da capital baiana.