Morreu no Rio de Janeiro, aos 87 anos, o arquiteto e urbanista Paulo Casé, autor de projetos de diferentes tipologias, como hotéis, equipamentos esportivos e urbanizações de favelas,. Há cerca de um mês, Casé estava internado no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio, após sofrer um AVC. O arquiteto deixa quatro filhos, cinco netos e a esposa.
Ao longo de seis décadas de trabalho, Casé foi autor, de projetos notáveis como vários hotéis em todo país. Entre eles, o Marriot e o Le Méridien (hoje Hilton), em Copacabana, no Rio de Janeiro. Em seu extenso portfólio aparecem também trabalhos como o Parque Aquático Maria Lenk, da Cidade das Crianças, do Favela-Bairro da Mangueira, do Rio Cidade de Ipanema e Bangu, e da Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo).
O presidente do CAU/RJ, Jeferson Salazar, lamentou a perda do arquiteto e afirmou que ao longo de seu trabalho, Paulo Casé, teve uma atuação de destaque. “Ele contribuiu, através de seu trabalho, para o atual desenho da cidade do Rio de Janeiro. Casé conseguiu aliar funcionalidade e estética em sua produção arquitetônica, características que lhe renderam grande projeção na profissão”, afirmou o presidente.
Considerado um vanguardista, o arquiteto tinha como inspiração Lucio Costa, Sérgio Bernardes e Oscar Niemeyer como seus gurus nacionais da profissão, mas era a arquitetura de Frank Lloyd Wright que realmente o inspirava, e na faculdade Casé defendia a bandeira do modernismo. “Os professores tinham ainda a linguagem do ecletismo, mas eu seguia ícones do país, como o Niemeyer, ele tinha uma coisa mais forte, mais formal e muito bonita”, declarou o arquiteto em uma entrevista realizada em 2017, pelo portal ArcoWeb. Além disso, Paulo Casé sempre trabalhou aliando a estética e funcionalidade.
Veja também: Site oficial do arquiteto (http://paulocase.com.br)
Fonte: CAU-BR