“Jacobs é mundialmente conhecida pelos princípios de desenvolvimento urbano que defendeu no livro “Morte e vida de grandes cidades”, publicado em 1961. Na obra, a especialista analisa a fundo as práticas de planejamento e remodelagem urbana que nortearam o desenvolvimento das cidades ao longo dos anos 50 nos Estados Unidos. As funções dos espaços públicos, os aspectos que contribuem para a segurança e o bem-estar, os elementos que levam determinados locais a se tornarem áreas vivas e pulsantes da cidade enquanto outros acabam esquecidos e degradados e a importância vital da diversidade de usos são alguns dos pontos explorados pela autora no livro que, décadas depois de publicado, ainda é um guia para planejadores urbanos em todo o mundo” – Trecho do post Cem anos de Jane Jacobs: lições da jornalista que mudou a forma como pensamos as cidades.
“Na minha opinião, nós precisamos fazer bairros ou centros de cidades muito melhores, baseados na ideia de pessoas caminhando muito mais e pedalando muito mais quando isso for possível. Muitas cidades decidiram fazer isso. Na minha cidade, Copenhague, 45% das pessoas vão ao trabalho ou à escola de bicicleta, mas não era assim 20 anos atrás. Quanto mais infraestrutura, mais seguro se torna e mais pessoas pedalam, pois é bom para o clima, é bom para você, bom para a economia, bom para a poluição, é bom para o barulho. É realmente muito bom” – Trecho da entrevista concedida por Jan Gehl ao TheCityFix Brasil, disponível no post “Defensor de cidades mais humanas, Jan Gehl provoca em entrevista: “O que você está esperando, Brasil?”
“A obra mostra que estamos vivendo uma nova era, já reconhecida como Antropoceno, pelas mudanças que causamos no planeta Terra, o nosso lar comum. E destaca que as cidades têm um papel fundamental neste momento: são fontes de muitos dos maiores impactos causados ao nosso ecossistema planetário e, ao mesmo tempo, apresentam um enorme potencial para amenizar as consequências de nossas ações, ou seja, a pegada ecológica da humanidade. Além de expor os problemas e apontar soluções, a autora relaciona exemplos de várias cidades do mundo e é explícita no sentido de que precisamos de natureza em nossas vidas todos os dias” – disponível aqui.
Metade da população mundial mora em cidades. Em 2025, esse índice chegará a 75%. A cidade moderna – estabelecida pela criação de um setor privado interessado no benefício financeiro e um setor público motivado pelas soluções a curto prazo – é, porém, uma causa direta de contaminação, alienação e divisão social. O arquiteto Richard Rogers apresenta neste livro, baseado em suas conferências de Reith (1995), um novo e radical programa de ação para o futuro de nossas cidades. Demonstra a influência que exerce a arquitetura e o planejamento urbano sobre nossas vidas cotidianas, e adverte sobre o impacto potencialmente negativo que as cidades modernas podem supor sobre o meio ambiente. Rogers argumenta que apenas por meio do planejamento sustentável poderemos proteger nosso planeta e cumprir com nossas responsabilidades perante as gerações futuras. O planejamento urbano sustentável configura-se, assim, como nossa única oportunidade real de criar cidades dinâmicas ideais que sejam, ao mesmo tempo, respeitosas com os cidadãos e com o meio ambiente. – trecho deste post do Archdaily.
Kevin Lynch é um dos grandes autores do Urbanismo, responsável por uma das obras mais famosas e mais influentes no setor: “A Imagem da Cidade”. Nela, ele destaca a maneira como percebemos a cidade e suas partes constituintes, baseado em um extenso estudo em três cidades norte-americanas, no qual pessoas eram questionadas sobre sua percepção da cidade, como estruturavam a imagem que tinham dela e como se localizavam. – Confira a análise completa do blog urbanidades aqui.
Lançado em 2016, o livro conta com as percepções de Janette Sadik-Khan, uma das maiores autoridades mundiais em transporte e transformação urbana. Foi secretária de transportes de Nova Iorque de 2007 a 2013, na gestão do ex-prefeito Michael Bloomberg, supervisionando mudanças históricas nas ruas da cidade de Nova Iorque – fechando a Broadway para carros em Times Square, a construção de cerca de 400 milhas de ciclovias, e criando mais de 60 praças em toda a cidade. Assina a obra ao lado de Sadik-Khan o gerente da Bloomberg Associates, Seth Solomonow. Seth foi chefe de mídia estratégica de Janette Sadik-Khan e do Departamento de Transportes de Nova Iorque sob a gestão do prefeito Michael Bloomberg. Graduado pela Faculdade de Jornalismo da Universidade de Columbia, Solomonow escreve para o The New York Times e seu jornal local, The Staten Island Advance. Ele vive no Brooklyn, Nova York. – Sinopse retirada do texto de lançamento do livro.
Em “Políticas de Transporte no Brasil – a construção da mobilidade excludente”, o autor analisa e resume a história das políticas de transporte no Brasil, sobretudo a partir da década de 1960, quando a indústria automobilística apresenta um salto de crescimento. Com abordagem social e política, Vasconcellos busca identificar os agentes que interferiram nos processos de ampliação da frota veicular, destacando seus interesses e estratégias desses agentes. Do mesmo modo, identifica quais setores foram beneficiados e quais foram prejudicados no curso dessa evolução. Finalmente, a indagação que fica é: quais as possibilidades de mudança do sistema excludente de mobilidade que resultou dos modelos adotados no país. – Saiba mais aqui.
A ocupação do espaço público nunca foi tão discutida como neste início do século XXI, e é nas cidades que vemos acontecer os mais importantes movimentos de resistência e as rebeliões que clamam por mudanças na ordem política e social. Nova York, São Paulo, Mumbai, Pequim, Bogotá e até Johanesburgo fazem parte da apurada análise do britânico David Harvey a respeito da cidade, provocando reflexões contundentes, a respeito de quem controla o acesso aos recursos urbanos, por exemplo, ou de quem determina a organização (e a qualidade) da vida cotidiana. Cidades rebeldes apresenta exemplos que vão desde a Comuna de Paris até o Movimento Occupy Wall Street para refletir sobre como a vida nas cidades poderia ser mais socialmente mais justa e ecologicamente mais sã. – Mais detalhes aqui.
“Cidades do Amanhã” permanece um relato seminal e sem paralelo da história do planejamento, na teoria e na prática, assim como dos problemas sociais e econômicos e das oportunidades a que dá ensejo. Dos projetos utópicos aos espaços depredados, o planejamento urbano no século XX gerou sonhos e pesadelos, que integram hoje o cotidiano de todas as grandes cidades. Partindo de ideologias anarquistas, implementadas de cima para baixo, arquitetos e planejadores defrontaram-se como interesses econômicos e políticos da realidade, com resultados que quase sempre desconsideravam os hábitos e necessidades da população para quem, em princípio, deveriam beneficiar. Peter Hall, uma das mais reverenciadas figuras no campo do planejamento urbano e do projeto, traça aqui, com britânico bom humor, um panorama abrangente e detalhado, transitando por entre obras literárias, projetos – abandonados ou históricos – e livretos exaltados e panfletários, levando-nos dos horrendos cortiços londrinos do século XIX à solidão geométrica e utópica de Brasília e nos oferece uma história global, crítica e sensível do planejamento urbano e do projeto através do século XX até o início deste século XXI. Um clássico instigante que a editora Perspectiva publica em sua quarta edição, revista e ampliada pelo autor, destinada não apenas a arquitetos e sociólogos, mas a todos aqueles que buscam uma possível chave de compreensão para o mundo contemporâneo. – Livro disponível aqui.
Fonte: ArchDaily