O Conselho Deliberativo do IAB-RJ aprovou na segunda-feira, 24 de fevereiro, a nova formação do Conselho Administrativo da entidade. O arquiteto Marat Troina, que respondia pela vice-presidência de Administração, vai assumir a vice-presidência de Finanças e Patrimônio, função antes exercida por Márcio Tomassini, que morreu no dia 15 deste mês. Além do ajuste na composição do CA, a reunião definiu posição em relação ao polêmico concurso de projeto organizado pelo BNDES.

A arquiteta Fabiana Izaga, que respondia pela vice-presidente de Relações Institucionais do IAB-RJ, também teve sua função alterada na nova composição do Conselho. A partir de agora, ela responde pela vice-presidência de Administração. Por enquanto, o cargo de vice-presidente de Relações Institucionais ficará vazio. Um novo nome será eleito para ocupar o cargo nas próximas reuniões do Conselho Deliberativo.

O concurso para a construção do prédio anexo do BNDES foi a grande polêmica da reunião. Para os arquitetos, o edital da competição é uma afronta à profissão por não garantir o desenvolvimento do projeto executivo ao arquiteto ou equipe vencedora. Convidado a participar da reunião, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/BR), Sydnei Menezes, disse que vai enviar ofício ao banco cobrando explicações.

“O CAU/BR vai enviar, nesta terça-feira, um ofício ao BNDES solicitando esclarecimentos sobre os pontos que geram dúvidas no edital. Assim que tivermos um retorno, encaminharemos a resposta ao presidente do IAB-RJ, Pedro da Luz, para que o IAB-RJ para que possa tomar as medidas necessárias”, afirmou Sydnei Menezes.

Para o presidente do IAB-RJ, o concurso do BNDES, do jeito como está posto, é perverso e fere a uma questão cara à categoria, que é a autoria e a indivisibilidade do projeto. “A não contratação da equipe vencedora fragiliza a atuação profissional. O projeto é algo único e seu desenvolvimento não pode ser fracionado. As etapas não são independentes entre si. Os concursos organizados pelo IAB seguem as regras da União Internacional dos Arquitetos (UIA), órgão consultivo da Unesco, cujos critérios defendem a categoria frente à organização do concurso. Esse é um princípio que deve ser seguido por toda e qualquer entidade que venha a organizar um concurso.”, defendeu Pedro da Luz.