Cidades integradas e integradoras

Fórum dos presidentes dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo de todo o País lança manifesto em que defende um novo significado para as cidades brasileiras, com valorização da cidadania, educação, cultura e lazer.

 


No último dia 20 de agosto o Fórum de presidentes dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo (CAU) de todos os estados do País lançou a “Carta de Gramado”, manifesto que reivindica e aponta diretrizes a favor de um “projeto de cidade integrada e integradora no século XXI”.

O documento propõe a “democratização da cidade” como um “conceito fundamental para romper sua segregação sócio-espacial”. “É preciso um projeto que dê um novo significado às nossas cidades e que restabeleça a cidade como o grande locus da experiência humana, da cultura, da economia e da política. Projeto que integre os macro-sistemas urbanos como o natural, o construído, o infra-estrutural e o social”, diz o texto. “É preciso promover a relação da cidade com o seu sítio natural, recuperar ecossistemas. Também é preciso valorizar a memória dos bons espaços herdados. Precisamos de cidades que nos seduzam a nelas vivermos de forma plena”.

Segundo a “Carta de Gramado”, é preciso que interesses locais, políticos e partidários, superem o imediatismo, e incorporem visão estratégica para redimensionar um futuro das cidades brasileiras.

“É preciso um projeto de cidade que resgate e valorize a cidadania provendo a educação, a cultura e o lazer (escolas, parques, bibliotecas, centros culturais, praças), distribuídos de forma equânime no território e que atuem como catalizadores da transformação social”, diz o documento. “As respostas dependem de gestão urbana pública eficiente e eficaz, de amplo compromisso das instituições públicas e privadas”. (Felipe Araújo).

Multimídia

Leia a íntegra da carta em www.cauce.org.br

Outras urbanidades

Parklets

Os parklets foram criados na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, em 2010. A ideia mistura arte e urbanismo. Essas estruturas funcionam como micro-parques urbanos construídos como extensões das calçadas. 
 

O foco está nas pessoas que se locomovem a pé, de bicicleta, patins e skate. Os parklets priorizam em sua construção materiais de baixo impacto ambiental. O modelo já é adotado em diversos países.

Fonte: Jornal O POVO