
Três primeiros lugares e projeto que ganhou menção honrosa do Concurso de Ideias estão em exposição.
Foto: EVILÁZIO BEZERRA
De 17 ações propostas pelo vencedor do Concurso Nacional de Ideias do Parque Estadual do Cocó, o escritório da arquiteta e urbanista paulista Marina Mange Grinover, três deverão estar prontas até o fim deste ano. A informação foi dada ontem pelo titular da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), Arthur Bruno, durante a abertura da exposição de quatro projetos — três primeiros lugares e um que recebeu menção honrosa — ganhadores do edital. As ações que serão realizadas em 2018 ainda devem ser escolhidas.
Uma licitação definida como guarda-chuva foi feita pela Sema, ainda de acordo com o secretário, para que as melhores ideias dos outros vencedores sejam efetivadas. Em 2º lugar ficou o projeto de Fortaleza, de autoria de Ricardo Henrique Muratori de Menezes e, em 3º, o de Alexandre Brasil Garcia, de Belo Horizonte. A menção honrosa foi para Gabriela Tie Nagoya Tamari, de São Paulo.

Para o concurso, o Governo Estadual destinou R$ 50 milhões para 1.071 hectares, da BR-116 até a foz do rio Cocó, em 17 áreas de intervenção indicadas como prioridade, por conta da degradação. O projeto vencedor prevê criação de núcleos esportivo, de memória, laboratório da natureza e beira-mar. Vai contar ainda com estações de tratamento de esgoto, trilhas elevadas, ciclovias e ciclopassarelas, calçadão, pavilhão esportivo, rotas de passeio de barco e estações de reflorestamento.
Catherine Opondo, arquiteta, urbanista e sócia do escritório de Marina Grinover, conta que a equipe estudou a história de Fortaleza e percebeu a relação de afeto e de uso da população com o Cocó.
“A gente trabalhou com um grande respeito, preservando todas as características físicas e de amor com o projeto”, define. A proposta contou com a colaboração de biólogos, agrônomos, profissionais de paisagismo e engenheiros agrícolas.
Previstas para serem finalizadas no fim de novembro do ano passado, as inscrições para o Conselho Gestor do Parque do Cocó devem ser retomadas no próximo mês. A revisão foi solicitada pelos próprios movimentos sociais, que pediram uma menor burocracia no processo seletivo e queriam que fosse retirado o requisito que exigia das organizações um número de CNPJ, já que a maioria não tem.
O pedido foi aceito pela Sema. De acordo com o gestor do Parque, Paulo Lira, os trâmites para formação do Conselho Gestor do Parque do Cocó continuam suspensos. Os técnicos envolvidos no processo, ainda segundo o gestor, devem retomar a negociação com as entidades envolvidas até o fim do mês.
Números
50 Milhões de reais estão destinados para intervenções em 17 áreas prioritárias
FONTE: O POVO