Quatro empresas com interesse comum em viabilizar empreendimentos sustentáveis reuniram suas experiências para criar uma residência ecoeficiente, batizada com o nome de Casa 88º. O projeto irá contribuir com a aplicação de estratégias para a melhora da eficiência acústica, energética e a gestão dos recursos naturais durante a fase de uso dos espaços.
Para possibilitar a realização do projeto Casa 88º, será implantado um sistema de monitoramento de dados com indicadores mensuráveis para o desempenho, tanto durante a obra quanto na etapa de uso dos espaços. Esse sistema, da empresa Minipa, ficará em funcionamento durante um ano, com o objetivo de gerar parâmetros e um histórico de resultados de aplicação de estratégias ativas e passivas, a fim de contribuir para o projeto de futuros empreendimentos.
Além das quatro empresas que compõem o grupo Conexão 88º – Atelier O’R Arquitetura, Gaia Construtora, Mado Janelas & Portas e Rewood Madeira Laminada -, o projeto tem a colaboração de projetistas, arquitetos, engenheiros e paisagistas. “Juntos, valorizamos a utilização de materiais ecológicos, certificados e reciclados e reduzimos o impacto no entorno e no meio ambiente”, afirma a arquiteta Patricia O’Reilly, porta-voz da Casa 88° e titular do Atelier O’R.
“A criação do grupo vai ao encontro de nossos princípios e valores. Sempre acreditamos em arquitetura e construção sustentáveis, em todos os aspectos. Desde a sua concepção até a execução com a contratação de fornecedores que tenham a mesma visão”, comenta Alexander Takata, diretor da Mado, empresa responsável pelo desenvolvimento das soluções em esquadrias e caixilhos com uso de madeira de reflorestamento lyptus.
Para o diretor da Rewood, Mário Ochhianlini, a inovação tecnológica e a eficiência técnica dos materiais são fundamentais. “Trabalhamos com toda a estrutura da casa em madeira laminada colada, considerando a sintonia entre as atividades de concepção, produção, transporte, logística e supervisão da montagem final na obra”, explica. A residência contou com 100% de matéria-prima proveniente de reflorestamento, o que proporcionou ao projeto características de isolamento termoacústico e alta durabilidade da madeira, possibilitou a retirada de CO2 da atmosfera e, ao mesmo tempo, evitou o corte de madeira nativa. Na opinião de Eduardo Busin, diretor da Gaia, hoje sustentabilidade é um diferencial, mas em longo prazo significará uma premissa obrigatória não só na construção civil, mas no modo de vida das pessoas.
Fonte:http://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura
