Memórias amigos faculdade
1 Romeu Duarte tem uma peculiaridade em sua data de nascimento, além de ser o Dia da Mulher, 8 de março, ele brinca que foi o dia e ano em que também foi lançada a boneca Barbie, em 1959. Das memórias de infância, o arquiteto lembra com carinho de como brincava nas ruas de Fortaleza. “Tive uma infância fantástica de todo tipo de aventura que você possa imaginar”.
2 Também em Fortaleza foi onde o arquiteto fez muitos amigos no Colégio Cearense. “Todo ano, desde 1976, que a nossa turma se reúne. Ano que vem completamos 40 anos que nos encontramos para celebrar”.
3 Antes de ser arquiteto, Romeu estudou engenharia elétrica na UFC, mas desistiu no quarto ano. Ele brinca que a culpa da sua saída foi dos coqueiros anões que ficam no entorno da rotatória do Campus do Pici. Mas, na verdade, a desistência veio da vontade de se aproximar mais da realidade social. “Não via onde colocar a coisa da engenharia na produção de vida das pessoas”.
NÚMEROS
289 ANOS
é a idade que Fortaleza completa exatamente neste 13 de abril. Para Romeu Duarte, são muitos anos para uma Cidade que ainda não descobriu sua vocação
2,7 MILHÕES
de habitantes, média de 450 mil pessoas por Regional. Esta é a realidade aproximada de Fortaleza que ainda busca soluções para seus espaços públicos
PERFIL
Nascido em 8 de março de 1959, em Belo Horizonte (MG), Romeu Duarte Junior considera-se fortalezense. Veio para a Capital pequeno (1963). De pai militar e mãe professora, morou em uma vila militar perto da Base Aérea e estudou no Colégio Cearense. Cursou Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Ceará (UFC) e saiu no quarto ano. Estudou Arquitetura e Urbanismo na UFC e, em 1982, foi o primeiro estagiário do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde, de 1997 a 2008, foi titular da Superintendência Regional. Em 2015, completa 30 anos de formado. Presidiu o Departamento do Ceará (1992 a maio de 1994) e depois Nacional (1994 a 1996) no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Hoje é chefe do do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFC e membro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará (CAU-CE).
PERGUNTA DO LEITOR
João Carlos Gama, sócio-administrador da construtora Placic
João Carlos Gama – Qual o percentual de responsabilidade dos cursos de arquitetura nesses problemas de urbanismo da Cidade? As disciplinas estão defasadas?
Romeu – A universidade pública tem se afastado da realidade. O desequilíbrio entre pesquisa, ação privilegiada e ensino e extensão, além do impedimento dos professores atuarem profissionalmente por terem relação contratual exclusiva, contribuem para o afastamento. A absurda visão da arquitetura e do urbanismo como ciência e não cultura complica o quadro. Mesmo com essas dificuldades, a UFC procura habilitar e formar profissionais conscientes dos problemas da cidade e do Estado.
Multimídia
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Fonte:Opovo
