Segundo procurador, novo projeto previsto para a cobertura descaracteriza o estádio, tombado como patrimônio histórico e cultural
Mauricio Lima
A demolição da marquise do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, pode ser paralisada. Ontem (1), o procurador Maurício Andreiuolo, do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, entrou com uma ação civil pública contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Empresa de Obras Públicas (Emop) pedindo que as obras da marquise sejam suspensas imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.
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Para Ministério Público, novo projeto da cobertura descaracteriza o estádio, tombado como patrimônio histórico
De acordo com o procurador, a autorização prévia emitida pelo Iphan é ilegal, pois descaracteriza o estádio e viola seu tombamento como patrimônio histórico e cultural. O MPF afirma que o tombamento do Maracanã, realizado em 2000, “impede as modificações radicais que estão sendo feitas na obra”, e ainda destaca que as obras previstas para a Copa do Mundo de 2014 no estádio eram apenas de reestruturação dos anéis inferior e superior do estádio, mas que a Emop decidiu demolir a marquise.
Na liminar, o procurador ainda pede que as partes demolidas sejam reconstruídas com a adequação da obra à preservação da marquise, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão. Se não for possível a reconstrução, o MPF pede que seja construída nova marquise similar à atual, com a condição de efeito suspensivo caso a obra não atenda às especificações do bem tombado.
FONTE: PINI web