Os resultados da nova política de fiscalização e gestão dos resíduos sólidos de Fortaleza só devem ser percebidos pelo cidadão daqui a cerca de seis meses. A estimativa é do prefeito Roberto Cláudio (Pros). “As respostas desse esforço só serão visíveis à medida em que houver o progressivo envolvimento do cidadão”, cobrou o prefeito, que participou, na manhã de ontem, do Fórum Estadual de Gestão em Resíduos Sólidos, na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O novo sistema de gestão entrou em vigor há cerca de dois meses. A política municipal reforça a fiscalização dos grandes geradores de lixo, intensifica o estímulo ao despejo responsável e exige que a Prefeitura garanta uma estrutura adequada para coleta e destinação dos resíduos. O tema foi um dos discutidos durante o fórum, promovido pela Fundação Demócrito Rocha, pelo O POVO e pela rádio O POVO/CBN FM 95.5. O fórum ocorreu durante todo o dia de ontem. Estiveram presentes gestores públicos, representantes do setor privado, de movimentos sociais e universitários.
Durante o encontro, Roberto Cláudio adiantou que, em até 90 dias, 400 lixeiras de coleta seletiva serão instaladas em parques, praças e centros comerciais da Capital. Além disso, o prefeito citou a readequação da frota de caçambas e contêineres para transporte dos resíduos e a atualização de transportadoras da construção civil, que devem receber GPS.
Roberto Cláudio afirmou ainda que a percepção de mais sujeira na Cidade é ampliada pela coleta complementar e pelos entulhos da construção civil. “Temos que ‘desmamar’ esse comportamento e compartilhar a responsabilidade sobre o lixo produzido com aquele que produz”, disse. Hugo Nery, diretor de Operações de Serviços Ambientais do grupo Marquise – concessionária que realiza a coleta na Capital junto à Ecofor -, reforçou que os entulhos gerados pela construção civil devem ser transportados para o aterro sanitário de forma particular. “Ele (o gerador) não pode descartar nas calçadas,
nos terrenos baldios”, frisou.
Educação
A educação da população sobre os resíduos sólidos demanda tempo e investimentos. Portanto, os veículos de comunicação têm, neste processo, um papel fundamental. “Nossa função, enquanto comunicadores, é alertar para que se possa produzir menos descarte (de lixo) e para que ele tenha a destinação correta”, destacou João Dummar Neto, presidente da Fundação Demócrito Rocha.
Saiba mais
O lixo gerado pelo fortalezense tem dois destinos: o aterro sanitário e o ecoponto da Varjota
Outros 12 ecopontos serão entregues até o fim deste ano. Serão espaços distribuídos nas regionais para receber resíduos recicláveis da população.
Fonte: O Povo