Na manhã do dia 29, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) de Mato Grosso do Sul realizou uma blitz educativa com a distribuição de panfletos e cartilhas sobre acessibilidade.


O evento contou com a participação de profissionais de Três Lagoas e Campo Grande.


Ana Cristina Santos    Foto: Danilo Fiuza
Panfletagem aconteceu no centro da cidade, na manhã de sexta-feira (29)
 

Segundo o presidente do Crea-MS, Jary de Carvalho e Castro, o objetivo da campanha foi conscientizar a população em relação à Lei de Acessibilidade. Ele informou que o conselho fomenta os municípios a se adequarem de acordo com as normas de acessibilidade e mobilidade urbana. “É importante que as prefeituras não emitam alvarás para os empreendimentos construídos em desacordo com a legislação”, disse.

Castro revelou que 14,5% da população possuem algum tipo de deficiência. O número pode ser maior, segundo ele, se forem inclusas as pessoas com limitações temporárias, como as que se acidentaram e dependem de muleta, cadeira de rodas, assim como os idosos, as gestantes, entre outros, que possuem a mobilidade reduzida.

Segundo Jary, é importante que as calçadas possam permitir a livre circulação de todos, sem obstáculos, e que o piso tenha superfície contínua, regular, sem trepidação e sem degraus.

Ele observou que não são apenas as calçadas que devem ser adequadas, mas também os sanitários, caixas eletrônicos, telefones públicos e balcões de atendimento devem localizar-se em áreas acessíveis. Estes últimos, segundo ele, devem estar a uma altura de 80 centímetros do piso.

As rampas e escadas devem ter, no início e no fim, piso com textura diferenciada, largura mínima de 1,20 metros e corrimão em ambos os lados. Já os elevadores devem ter portas de 80 centímetros de largura e as cabinas precisam medir, no mínimo 1,10 metros por 1,40 metros, dispondo de sinais sonoros e táteis.

O presidente do Crea disse ainda que as ruas devem permitir o acesso às calcadas por meio das rampas, com declividade máxima de 8,33% para possibilitar a circulação de usuários de cadeiras de rodas, carrinhos de bebê e compra, assim como para facilitar o trafego das pessoas com mobilidade reduzida.

Assim como vem ocorrendo com o meio ambiente, Jary de Carvalho acredita que acontecerá em relação à acessibilidade. “A população está mais consciente sobre essas questões. O mundo tem que ser acessível para todos. Não podemos esquecer que um dia todos nós poderemos ter algum tipo de mobilidade reduzida, seja ela permanente ou temporária”, disse.

Além da blitz educativa, no período da tarde, o Crea realizou um encontro com os presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da região do Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

No período da noite, na sede do CREA, aconteceu uma palestra sobre o tema “Valorização Profissional”. Logo após, foi realizada uma homenagem “in memorian” ao engenheiro civil Said Saiar e ao engenheiro Agrônomo, Onildo Bezerra Pinho. Duas salas na sede da instituição receberam o nome desses profissionais.

Fonte: Jornal do Povo