Foto: Edição de 2018 do Burning Man teve como atração uma bola espelhada gigante projetada por Bjarke Ingles. Cortesia de Bjarke Ingels
Imagine um cenário digno de Mad Max, mas recheado com instalações artísticas tecnológicas. É assim que se parece a paisagem do Burning Man, festival de arte e contracultura norte-americano que todos os anos constrói — e, logo em seguida, destrói — uma cidade inteira, no meio do deserto de Nevada, para sediar o evento. Mas a novidade é que o Brasil agora faz parte da programação, recebendo sua própria edição anual do festival: o Tropical Burn.
A ideia do festival não é ter espectadores, mas pessoas que participem e integrem o evento em uma construção coletiva. A cidade temporária mistura arte, acampamentos temáticos, fantasias, música e performances. No último dia, tudo é queimado: o evento não costuma deixar rastros.
Foto: Cidade fantasma é erguida e destruída anualmente para sediar evento. Foto: Divulgação. Cortesia de Gazeta do Povo / Haus
A festa brasileira acontecerá de 20 a 24 de junho de 2019, em uma praia do Rio Grande do Norte. A Associação Tropical Burn, entidade responsável pela organização, ainda não revelou o local exato do evento, mas adianta que fica a 112 km de Natal (RN) e 111 km de João Pessoa (PB).
Além de Nevada, o Burning Man tem versões locais espalhadas por todos os outros continentes. O único outro país da América Latina a produzir o festival é a Argentina, que teve sua primeira edição em 2016 e recebeu cerca de 300 participantes — bem diferente dos 70 mil que visitaram a última edição do evento original.
Tema “divine mother”
O tema do ano promete tanto inspiração como abstração: “divine mother” é o que resume a premissa. “O ventre feminino é o lugar onde é gerada toda a existência. É onde cada um de nós teve seu começo. Assim também começa a trajetória do Tropical Burn, uma nova história em uma Nova Era, onde a energia feminina pulsa positivamente no interior da Mãe Terra e nutre todo o Cosmos”, afirma a organização.
Foto: Festival Burning Man acontece desde 1980 em Nevada, nos Estados Unidos, e recebe 70 mil pessoas. Foto: Bob Wick/Flickr/Reprodução
Dentro desse tema, os participantes têm três formas diferentes participar: como artista, com um acampamento temático ou como voluntário.
Na primeira opção, a ideia é sair da caixinha e apresentar um projeto artístico para o público — já que, na hora da compra do ingresso, todos devem escolher um projeto para apoiar. No acampamento temático, o mote é promover experiências sensoriais — com música, gastronomia ou entretenimento. Já o último tipo de ingresso dá o direito de participar de todas as experiências, mas que inclui algumas responsabilidades voltadas à logística do próprio festival.
Informações como preço dos ingressos, atrações e programação serão divulgadas em breve no site oficial.