O presidente do IAB/CE, Jefferson John, concede entrevista sobre a Cidade da Criança que foi requalificada após meses de obra.
Para Jefferson Lima, o sucateamento da Cidade da Criança nos últimos anos afetou a dinâmica e a ocupação daquela região do Centro, mas, infelizmente, é apenas o reflexo de uma tendência maior.
“O problema da degradação urbana do Centro após o horário comercial está conectado a uma questão da propriedade da terra, dos usos das edificações. Atrelado a isso, há o problema social que é o agravamento da pobreza e a volta do drama da fome, nos últimos anos de desestabilidade política e econômica do Brasil”, analisa.
Além da requalificação da estrutura, criar programações públicas pode ser o caminho para aumentar o fluxo de pessoas. “Temos que pensar em um centro vivo diariamente. Não podemos encarar nossos espaços públicos apenas como programação de fim semana”, frisa.
O arquiteto e urbanista acrescenta que a falta de manutenção dos espaços públicos, a exemplo da Cidade da Criança, “abre espaço para usos inadequados, que os desqualificam”. Ele cita a “apropriação” por parte de pessoas em situação de rua, que “encontram ali uma última solução para terem, pelo menos, um lugar para dormir”.
A problemática é atravessada, ainda, pela questão das propriedades: para Jefferson, é preciso que o Estado intervenha, “adquirindo imóveis que estão em completo abandono e diversificando a ocupação”, para, enfim, revitalizar o Centro como um todo.
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