A verticalização é apenas uma das alternativas para o adensamento de zonas urbanas. E, conforme Custódio Santos, presidente do Instituto dos Arquitetos Brasileiros no Ceará (IAB-CE), é um procedimento que pode ser capaz de otimizar as funções sociais dos bairros, à medida em que possibilita que regiões mais periféricas se tornem mais independentes da região central da cidade.
Em Fortaleza, Santos aponta que a oferta de trabalho está muito concentrada na zona leste, o que faz com que parte da população seja “obrigada” a se deslocar por um grande caminho, todos os dias. “Isso tem um preço para a Cidade. Tem um projeto que estão fazendo, o ‘Fortaleza 2040’, que impõe um deslocamento dessa concentração. Hoje, você mora em um canto, mas trabalha e se diverte em outros”.
Segundo a , titular da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz, gerando alta densidade, você aglutina mais as pessoas e, assim,o poder público terá menos ônus em resolver situações de infraestrutura básica.
Ricardo Paiva, do Laboratório de Crítica em Arquitetura, Urbanismo e Urbanização, reforça que a verticalização tem papel importante no adensamento da cidade, mas defende que, além da mobilidade, este processo precisa “estar concatenado com um planejamento e uma legislação que valorize a adequada provisão de infraestrutura e equipamentos urbanos”.
Fonte:IAB