A Capital tem redutos verdes, como o Cocó e a Matinha do Pici, sem delimitação. Áreas são capazes de retardar desequilíbrios ambientais
Se as áreas verdes e os recursos hídricos dão lugar à ocupação sem restrições, os problemas na metrópole se avolumam em ritmo crescente. A sensação térmica nas ilhas de calor piora, a chuva não chega ao lençol freático e pode causar enchentes, águas e ar ficam mais poluídos. Áreas de fauna e flora de Fortaleza, capazes de retardar os desequilíbrios ambientais, carecem de proteção regulamentada pelo poder público. Como exemplos, o Parque do Cocó e o último resquício de cerrado da Cidade, na Cidade dos Funcionários.
Regulamentar o parque é luta de 40 anos, diz o secretário estadual do Meio Ambiente, Artur Bruno. Segundo explica, Prefeitura e Governo acertaram que o lugar será um parque estadual a ser incluído no Sistema Nacional das Unidades de Conservação. Até o fim de 2015, o compromisso é conversar com os proprietários dos terrenos inseridos no local, delimitar a área e criar o plano de manejo.
Ambientalistas e movimentos sociais também reivindicam a preservação da mata de tabuleiro da Matinha do Pici, dentro do Campus da UFC, e da floresta de cerrado em terreno administrado pelos Correios, na Cidade dos Funcionários. O primeiro está inserido no parque Rachel de Queiroz, criado em 2014 e com projetos de urbanização em andamento. A área de cerrado ainda terá proteção definida.
“A legislação é importante, mas não assegura a relevância e o respeito a uma área verde em qualquer cidade. O que assegura o cuidado é a boa utilização e a consciência do cidadão”, enfatiza Águeda Muniz, titular da Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). Ela pontua que há estudos e projetos em andamento para cuidar destes espaços, além dos parques urbanos e áreas verdes criadas pela gestão em 2014, como Adahil Barreto, Parreão e Rio Branco.
Fonte: OPovo