UEL abre vagas no segundo semestre para pesquisas na área de história, organização de dados e produção
A UEL deverá oferecer, no segundo semestre deste ano, as primeiras vagas em seu recém-criado programa de pós-graduação stricto sensu na área de Arquitetura – o Mestrado em Metodologia do Projeto.
Trata-se de um mestrado associado com a Universidade Estadual de Maringá. A Capes deu autorização para o funcionamento do programa em dezembro, com 10 vagas iniciais. Também em dezembro, a UEL foi autorizada a abrir o Mestrado em Saúde e Produção de Ruminantes, na área de Medicina Veterinária, em associação com a Unopar. Assim, a instituição passa a ter 42 programas de pós-graduação stricto sensu.
O Mestrado em Metodologia do Projeto terá duas linhas de pesquisa: Historiografia e Metodologia da Organização dos Dados do Projeto, e Produção do Ambiente Construído.
Segundo o professor César Imai, vice-chefe do Departamento de Arquitetura, o tema da Metodologia do Projeto tem ganho relevo no Brasil desde os anos de 1990, em contraponto “com a tradição da nossa pós-graduação em arquitetura de privilegiar o estudo do ambiente já construído”.
“O objetivo da nossa pesquisa será o de verificar quais são os procedimentos e métodos para fazer projetos de maneira mais científica e menos intuitiva, assegurando um ambiente que proporcione a melhor qualidade de vida aos usuários”, explica o professor.
De acordo com Imai, esse foco se contrapõe à prática tradicional de mercado, segundo a qual um projeto arquitetônico é fruto de uma elaboração “muito pessoal, muito íntima” de seu autor, que faz sua pesquisa por conta própria. No mestrado pretende-se discutir, de forma científica e sistematizada, quais são os procedimentos que devem ser respeitados para se obter o melhor projeto possível. Um campo que, nos Estados Unidos e na Europa, já é tema de preocupação desde a década de 1950.
O Mestrado em Metodologia do Projeto terá 12 docentes – cinco da UEL e sete da UEM, dos quais sete são dos Departamentos de Arquitetura, quatro da UEL e três da UEM.
César Imai destaca, entre os fatores que contribuíram para o surgimento do Mestrado, o fato da UEL ter investido bastante na qualificação dos docentes do Departamento de Arquitetura, desde que, há pouco mais de uma década, muitos puderam titular-se num mestrado interinstitucional oferecido pela USP. “Além disso, temos uma relação fraterna com a UEM, onde vários docentes do curso de Arquitetura são ex-alunos da UEL. Mas nem eles, nem nós, temos docentes suficientes para oferecer o curso sozinhos”.
A UEL chegou a fazer uma proposta de mestrado há dois anos, segundo o professor, mas não foi aprovada pela Capes. “Valeu pela experiência que ganhamos, aprendemos com as orientações da Capes e surgiu a solução do mestrado associado com Maringá. É o primeiro mestrado em Arquitetura do Paraná”, completa o professor.
Fonte: O Bonde