De acordo com o vereador Mario Cesar, o intuito da audiência é ouvir da população, principalmente dos deficientes visuais, cadeirantes e idosos, as questões mais relevantes para melhorara a acessibilidade nas ruas da cidade.
Mariana Lopes
Com a rejeição da proposta de criação da Secretaria Municipal do Idoso, da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Semiped), feita no início do ano pelos vereadores Mario Cesar (sem partido) e Paulo Siufi (PMDB), a Câmara Municipal de Campo Grande realizou na tarde desta quinta-feira (15), no Plenário Edroim Reverdito, uma audiência pública para discutir as políticas voltadas à acessibilidade da Capital.
De acordo com o vereador Mario Cesar, o intuito da audiência é ouvir da população, principalmente dos deficientes visuais, cadeirantes e idosos, as questões mais relevantes para melhorara a acessibilidade nas ruas da cidade. “Temos que ouvir as pessoas que vivem nesta realidade para podermos atendê-las”, pontua.
Da audiência, que foi coordenada pela vereadora Grazielle Machado (PR), vai resultar um documento com todas as pontuações discutidas que será encaminhado ao prefeito, Nelson Trad Filho (PMDB). “Esse documento é apenas uma proposta de política pública, não podemos decidir nada, isso é da competência do poder executivo”, explica o Mario César.
Com a revitalização do centro de Campo Grande, os vereadores querem aproveitar para incluir a proposta no planejamento de obras. “O ideal é que haja uma padronização nos pisos das calçadas, não basta somente o piso tátil. É inadmissível gastar o dinheiro público e não deixar acessível à população que precisa”, diz a presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil/MS, Milena Adri.
Para o cadeirante Frederico Rios, de 30 anos, falta regularidade nas calçadas e melhoria nos rebaixamentos de guia. “Não dá para andar duas quadras sem correr o risco de cair. Acredito que a longo prazo essa política possa trazer resultados”, diz confiante.
A falta de fiscalização foi levantada pelo coordenador do Centro de Convivência vovó Ziza, Valdir Gomes, que acredita na melhoria da acessibilidade caso a secretaria fosse criada. “Há muita polêmica em torno do assunto, mas pouca ação”, observa Gomes.
Fonte: Midia Max